Se despir para se vestir.

E nesse ano fiz o que considero mais difícil, para qualquer pessoa, me aceitei.

Eu sei que doeu, porque cavei o mais fundo de mim, cutuquei nas feridas mais profundas, repassei tudo o que vivi.

Me despi, inteira e completamente, foi essa a sensação ao me olhar no espelho. 

Estava tudo ali, como roupas jogadas ao chão; as fraquezas, os medos, as felicidades, as incertezas, os corações partidos, os sonhos, as crenças...

Ao ver tudo aquilo, decidi não jogar fora, ou trocar por roupas novas, decidi me vestir novamente com cada uma das peças, pois esta sou eu. 

Ao me olhar no espelho me vi completa ali novamente, mas o olhar era diferente, não era de reprovação, eu já não tinha mais receio da combinação. 

Mas por incrível que pareça, foi o primeiro passo para as boas mudanças da minha vida, mudanças que quase ninguém viu, a não ser a quem mais importava, a mim... 

Às vezes eu acho que o segredo não está em comprar roupas novas, jogar fora peças antigas ou esconder as roupas feias, está em aceitar o seu guarda roupa, se vestir das peças que tem e sair com o melhor que você pode ser... você!

Por que escrevo?

Escrevo como forma de desabafo,
escrevo para dividir o que se passa comigo

Podem ser coisas que perduram há tempos
podem ser coisas que vem no momento
e de repente as palavras saem com naturalidade

Por isso não uso palavras difíceis,
não faço poesias e por isso mesmo não me preocupo com rimas.

Escrevo como forma de libertação,
talvez por isso dos momentos tristes saiam as coisas mais bonitas.

Todos deviam escrever, mesmo que não publiquem,
acalma a alma, nos deixa mais leves!

Coração Tranquilo

É que chega uma hora em que se percebe que a vida é muito curta e que a gente dá muita importância a coisas insignificantes.
O engraçado é que apesar de ouvir isso tantas vezes, só se dá conta quando chega a hora.
As preocupações são tantas... mas se elas resolvessem alguma coisa...
O amor é algo tão simples, por que complicar tanto? Clarice Lispector já dizia preferir sentir a entender; para que criar regras? A única regra de um relacionamento deveria ser sentir o amor que toma conta de cada um...

Deveríamos admirar muito mais a paisagem da vida, ao invés de reclamar, tentar ajeitá-la, ou até atrapalhar um parceiro de caminhada.

É que chega uma hora em que se aceita, se compreende que o segredo é sempre "manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo".

...

O que fazer quando as palavras foram fortes demais?
quando elas dizem de algo que nem se imaginava?
quando as coisas param de fazer sentido?
quando a pessoa que se imaginava ser para o outro nunca parece ter sido?
quando se deu mais do que podia e nada parece ter sido visto?
quando de repente tudo parece ter sido em vão?
quando a esperança que ainda existia se vai?

Cada parte do meu ser dói,
mas ainda me resta a consciência tranquila...
aquela que me prova que eu fiz mais do que devia,
que eu fiz mais do que podia,
que amei mais do que a mim cabia...

A Aventura que é Viver...

Aprendi que alguém pode fazer com que eu me se sinta a pior pessoa do mundo ou a melhor, vai depender da minha postura diante dessa pessoa, o que eu aceito dela...
Aprendi que sou eu quem devo me dar o devido valor ao invés de esperar do outro...
Aprendi que ficar sozinha não significa solidão, eu posso (e devo) ser minha melhor companhia (sempre)!
Aprendi que os melhores amigos são aqueles que estão comigo tanto nas horas ruins quanto nas boas; dessa forma, excluí da minha lista algumas pessoas e por incrível que pareça, incluí outras.
Aprendi que amores vem e vão, hora ou outra tanto as coisas boas quanto as ruins vividas em um relacionamento são esquecidas, a saudade passa e fica o que aquele relacionamento significou como um todo.
Aprendi que aquela pessoa que julgava importante não me fazia tão bem assim, após reconhecer isso, passei a cuidar mais de mim.
Aprendi que a felicidade não está necessariamente estampada na cara, no sorriso, ela está muito mais aqui dentro, mas quando se está verdadeiramente feliz, qualquer um é capaz de perceber.

Aprendi que a vida é assim, cheia de alegrias e tristezas, pedras no caminho, obstáculos, altos e baixos, mas é isso que faz com que ela seja a maior aventura que existe! A aventura que é viver!

E sigo aprendendo...

Simplicidade

Ai, como eu concordo com uma frase da minha amiga Anna Carolina:
"As coisas poderiam ser tão mais simples!"

Ler "O Pequeno Príncipe" me fez voltar a acreditar na beleza da simplicidade, no quão isso é possível.
A vida nos deixa brutos, nos ensina uma sobrevivência esquisita.
Nos ensina que não se pode amar demais,
que "procurar por" e querer ficar junto é dependência,
olha-se mais o que a pessoa tem do que ela é,
não há mais beleza uma noite estrelada,
a natureza não mais é mãe...

Mas eu não quero que isso aconteça comigo,
por mais que a vida teime em me puxar para isso, eu ainda vou continuar acreditando no próximo,
na beleza das coisas simples,
no amor... ah, o amor... acho que é o mais difícil, as marcas que ficam são grandes, viram cicatrizes e só se acumulam,
mas ainda quero acreditar no amor simples,
em que não há vergonha pela procura,
não há medo pela necessidade do outro,
há carinho e compreensão...

Podem até me achar tola, pois isso não se vê por aí, mas é como disse a rapoza ao Pequeno Príncipe:
"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos."

Boa noite!

Borboleta

Decidi deixar essa forma de lagarta,
parar de sofrer imensamente, desapegar de certas coisas e pessoas...
Decidi criar asas,
embora pareça algo doloroso
e as vezes solitário dentro do casulo...

É, decidi criar asas, me colorir
e voar por aí,
voar pelas possibilidades que a vida me dá
e só parar quando realmente encontrar algo que seja bom pra mim,
que realmente valha a pena...
Como uma borboleta...
Decidi!

Tempo... será?

Estive pensando... será o tempo tão salvador assim?
Bom, após pensar bastante cheguei a conclusão de que não. Mas por que acreditamos que sim? Porque realmente nos dá essa impressão..
E de onde eu tirei essa resposta que parece tão sem sentido?
Fiz apenas uma retrospectiva em minha vida e percebi que não é o tempo responsável por curar todas as feridas, não é o tempo responsável por fazer as coisas melhorarem, são certas situações da vida. Como assim?

Já tive relacionamentos em que tempos foram dados e nada foi mudado..
Já tive relacionamentos em que após muitos meses não haviam me esquecido, apesar de que de minha parte não havia mais nada e vice-versa...
Outras situações da vida em que o rancor perdurou durante anos, mesmo sem qualquer resquício do acontecimento causador da mágoa...

Pra mim se nos mantivermos na mesma situação, pode passar um tempo danado e tudo continuará como antes, pode amenizar, mas vai continuar...
Por outro lado, acredito que se tocarmos a vida adiante, dermos novas chances ou deixarmos novas coisas entrarem em nossas vidas as coisas antigas e ruins de antes não farão sentido...

E isso está ligado a atitude/a forma de pensar que se tem na vida...

Portanto para mim são nossas atitudes (ligadas com a maneira na qual pensamos diante das circunstâncias que nos ocorrem), que permitem que as novas e boas situações aconteçam, sendo as reais responsáveis pelas mudanças e não o tempo por si só...

Resumindo: o tempo simplesmente passa, você faz a diferença!

E vocês, o que acham? rs

Entediante...

Ah, o tédio... o tédio me corrói
Mais do que a "atoíce", o que me mata é o tédio causado pela mesmice...
Esse me sufoca, me apavora, suga minha ânima, devora o meu ser.

Pode parecer que eu seja uma pessoa permanentemente insatisfeita
Mas não é que eu queira sempre mais,
só não me agrada permanecer...
Por isso me apaixono pelo mutável, pelo imprevisível, pelo criativo.
E me sinto viva...

O estacionar me mata, tira de mim o que sou.
O meu corpo por si só já diz tudo...
Me encurvo, desanimo, me calo...
Não, não sou eu.

Tudo bem, talvez eu seja uma insatisfeita, uma eterna "reclamona"...
Mas é que eu gosto do movimento
Gosto do inusitado
É o que eu gosto de chamar de viver.

Simples assim...

Cada dia que passa me percebo e me convenço de que sou uma pessoa simples...
Talvez alguns discordem, rs... mas não se entenderem o sentido que dou a minha simplicidade...

Gosto de tudo muito simples...
de viver de um jeito simples, por mais que isso pareça difícil muitas vezes.
Pessoas? As mais simples, sou completamente apaixonada por elas... aquelas que são o que são e falam o que querem (sem serem grossas), às vezes no sotaque, nas gírias e nas palavras que não aprenderam a pronunciar corretamente...
Amizades? As mais simples, aquelas que simplesmente acontecem, sabe?! Não é preciso fazer força, se constrói na cumplicidade, na verdade...
Viagens? As mais simples... pra que hoteis de luxo se eu posso acampar deliciosamente na praia ou em Ibitipoca com um banheiro público? rs
Amor? Acredito no amor mais simples, que muitas vezes pode parecer ingênuo, mas é o mais verdadeiro... não são necessárias grandes provas, não são necessários presentes caros... é necessário o respeito, a cumplicidade e a segurança...
Futuro? Quero o suficiente para viver bem, tranquilamente, sem ostentação...

Enfim, gosto das coisas assim...
De passar pela vida assim...
Pra mim, soa mais verdadeiro...
Simples assim...

Do mais Profundo Eu

Algo mudou, eu posso sentir

Ainda não sei bem o que é, mas tem me feito bem

Já me encaro de outra forma no espelho

Já enxergo um novo eu

As emoções foram jogadas ao vento

Nada mais é segredo

Nada mais é dor

Daquela dor que se guarda

Que se cala

E como a fênix renasci

Mais forte, talvez

Com a sensação de que coisas pequenas não mais me atingirão

Algo mudou, eu posso sentir

Ainda não sei bem o que é, mas tem me feito bem

Por dentro...

Nossos medos

Vivemos a vida com medo...
medo de nos aproximar,
medo de nos apaixonar,
medo de nos magoar,
medo de sermos espontâneos,
medo de demonstrar amor,
medo de nos machucar,
medo até de errar...


Vivemos com tanto medo que deixamos de aproveitar, de viver, de nos apaixonar...
Vivemos controlando tudo, todos e a nós mesmos com medo de sei lá o que...
Devíamos ter medo de chegar no fim da vida e percebermos que poderíamos ter sido/vivido melhor.
Pior ainda... que poderíamos ter feito o máximo pelo outro, que as vezes esperava o mínimo de nós...
 
Pode ser clichê, o que for,
mas acordei pensando nisso... pensando um pouco na vida.
Bom dia!

Confiança

   A confiança se foi...
   Sim, ela se se foi e é difícil que volte...

   Eu sou assim, alguém que precisa sentir confiança para manter qualquer tipo de relacionamento...
   E quando ela se vai, meu amigo, é difícil reconquistá-la. Como acreditar que não se fará aquilo novamente? Para isso é preciso confiança, que já foi quebrada...
   Se não tivesse sido algo tão pesado ela poderia até ser colada novamente; mas não... foi pesado demais... aí, meu amigo, a confiança se vai... se perde... não volta mais...

Sobre as (antigas) amizades

Hoje de manhã, na correria de me arrumar pro estágio, ao abrir a porta do meu guarda roupa me atentei a uma cartinha que já há um tempo não lia e está pregada nela há anos.
A cartinha falava sobre os tempos de colégio, sobre amizade e que ela nunca morreria. Ao terminar de ler, logo lembrei da outra carta pregada em uma outra porta do meu guarda roupa e sorri. Recordei com uma certa nostalgia aqueles dias que passávamos juntos.
Passados 5 anos, cada um pro seu lado, posso dizer que a amizade não morreu, sei que não é lá tanto tempo, em compensação muitas se perderam por aí.
É muito bom perceber que eu tenho dessas amizades que não são facilmente destruídas, muito bom perceber o tesouro que eu tenho.

Especial para Natália, Noêmi, Pauliana, Vanessa (que cresceram comigo...rs), Marlize, Fernanda (Gostosa, rs) e João Paulo.
=]

Para falar de mim.

Resolvi voltar a postar, mas vou fazer diferente.
Antes falava somente de um eu triste. Por agora, quero simplesmente falar... quero falar coisas da vida, da minha vida. Colocar minhas opiniões, escrever coisas boas ou não, chatas ou não, felizes, tristes, o que se passar por mim.

Espero que gostem!

=]